02 dezembro, 2010

01 dezembro, 2010

beatbox - mc luhoff feat. google translator

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04 novembro, 2010

Eu lembro dos gritos agudos como o apito de uma chaleira. Deve ser realmente necessário sentir uma dor horrível para gritar daquele jeito. Como se estivessem contraindo cada músculo do corpo a ponto de estourar as veias e quebrar o pescoço. Enquanto queimavam, tive vontade eu mesmo de gritar, de me atirar ao fogo e gritar mais alto. Estava abrindo mão da minha lucidez. Achei a cena toda muito bonita, não querendo ser cínico. Não acho que a dor seja poética, mas as cores eram diferentes, as luzes piscando pelas frestas das casas de madeira. Poderia ter gritado, mas hesitei. Aqueles sons não podiam ser humanos.

11 outubro, 2010

07 outubro, 2010

Falta de ar

If you can dream - and not make dreams your master
If you can think - and not make thoughts your aim
If you can meet with Triumph and Disaster
And treat those two impostors just the same;

Rudyard Kipling

28 setembro, 2010

Eu não consigo escrever uma música.
A melodia simplesmente surge na minha cabeça
e ela é absurdamente triste e carrega um
segredo que eu vou passar minha vida procurando.
às vezes fico com os olhos cheios d'água
sem nem ao menos entender o que está
acontecendo
mas eu acabo deixando de lado
por achar que algo maior está vindo
ou por achar que ninguém entenderia minha
melodia.
E no final eu acabo me esquecendo dela.

22 setembro, 2010

Ontem tocou uma música atonal no Zaffari. O tipo de coisa que acontece quando uma sociedade está em crise. Escolher bergamotas ao som de uma peça para piano dodecafônica. Senti a realidade rachando ao meio e quase fui engolido pelo PARADOXO, esse buraco negro metafísico que tanto preocupou Sartre e Camus, mas cuja compreensão só foi atingida em sua totalidade por um garoto de 7 anos chamado David que, sob efeito de anestésicos, sintetizou a angústia existencial da humanidade em um questionamento último: "Is this real life?" ["Isto é vida real?" - tradução livre].
Já fragilizado, assisto um vídeo em que um homem nu dá "shoryukens" em uma mulher pronta para um doggystyle. É inevitável. Cessarei. Os trilhos do tempo acabaram. O presente está congelado ou avança para o abismo do PARADOXO.
Ontem de madrugada, ao sair do banheiro e fechar a porta, o movimento de ar abriu uma gaveta que bloqueou - por dentro - a abertura da porta. Tranquei meu banheiro por dentro estando do lado de fora. A pressão era demais. Minha percepção implodirá. Restará apenas fragmentos da realidade. Me senti especialmente vivo.
De manhã, quebrei meu porquinho de cerâmica com uma frigideira. Levarei um bom tempo contando as moedas e o PARADOXO se acalmará. Por algum tempo.

01 agosto, 2010

...

And on my easel I drew
While I was thinking of you
And on the roof of my head
In came my five string serenade